segunda-feira, 11 de maio de 2015

Das Trevas à Areia

Este post é dedicado à minha filhota do meio, por me ajudar a encontrar a luz que me ajudou a me recuperar mais rápido, saindo, pois, das trevas e me levando à areia.

Crianças são anjos que Deus enviou para nos ajudar. Eu tenho a felicidade de ter três. Na quinta-feira retrasada eu estava de saída para a Igreja quando Martha correu ao armário e voltou com um par de tênis dizendo: papai, vai com esse aqui que sai luz, por favor (ela falou isso porque ele brilha no escuro). Atendi seu pedido e saí naquela noite com estes calçados nada convencionais. Os tênis em questão eram os Asics Tri Noosa 6, os meus preferidos, que quase nunca uso, para preservá-los, já que já estão macios.

Por incrível que pareça, desde aquela noite não tive mais dores incapacitantes no pé. Claro que continuei com eles todos os dias seguintes, acho que por pura superstição. Ainda me assusto só de pensar que ela, propositadamente ou não, colaborou com meu retorno, me dando ânimo ao me fazer crer que estava melhorando.


O fato é que sábado finalmente voltei a correr. Eu esperava com muita ansiedade por este momento. Não fui para o askm na areia dura, afinal, não dava pra arriscar meus pés na dureza do negrume logo de cara. A orientação do Dr. Bernardo foi bem clara: "VAMOS DEVAGAR".

Corri como de hábito às 6h. Tudo foi perfeito, tanto que meu sorriso estava estampado no rosto desde a primeira passada. Não me preocupei com tempo nem pace. Qual não foi minha surpresa ao ver que fechei abaixo de 6min/km! O resultado imediato foi a planta do pé um pouco dolorida, mas nada demais. Todo atleta sente uma dorzinha em algum lugar. Claro que percebi que meu condicionamento físico piorou um pouco e que não sou capaz de fazer mais de 10km nesta semana. Vamos ver como as coisas evoluem.



O mais importante é que me senti vivo novamente. Desde a lesão tenho feito exercícios para o pé, tendão de aquiles e panturrilha ao menos três vezes por dia. Isso inclui também passar o tal sebo de carneiro, pisar na bolinha várias vezes ao dia, alongar meu pé com a thera band, massagear a planta do meus pés com uma garrafa d'água congelada e, finalmente, dormir com as imobilizações noturnas para o pé, específicas para o tratamento da fascite plantar.  Também não dá pra descartar as prescrições médicas e familiares (como as da Marthinha).

Além da disciplina dos exercícios, da paciência pra saber a hora de voltar, ainda tive que mudar minha postura durante o sono, afinal não posso mais dormir de bruços.

Não sei o que deu certo disso tudo, se algo individualmente (principalmente a banha de Carneiro Capado) ou se tudo junto e misturado. O importante é que vem dando certo! E assim vou eu, perdi um pouco de tempo, mas ainda terei muitas oportunidades de me preparar adequadamente.

E vamos que vamos! 




2 comentários:

  1. Show!!!!! Eu tbm já tive parada por conta de uma fratura no platô tibilal e quando retornei , mesmo que na areia pulava de felicidade!!!!!!

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  2. Nem me fala, depois de tanto sacrifício. Obrigado por visitar o blog!

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